Publiquei no Digestivo Cultural a crítica Discutir, debater, dialogar, com quatro pontos que considero muito úteis para que os debates na internet não sejam infrutíferos. Eu escrevi:
(…) a crença em um debate público do qual fazemos parte querendo ou não, participando através do nosso silêncio ou da nossa fala. Trata-se de uma malha de interconexões infinitas, e, se sou um ponto no circuito, posso qualificar o fluxo, interrompê-lo, encorpá-lo, modificá-lo.
Este texto ele próprio é um gesto nesse sentido, pulso elétrico que percorrerá tal malha de muitas maneiras e alcances, perceptíveis ou não. É difícil que você não compartilhe, portanto, da minha crença: as 131 palavras anteriores te atingiram, você provavelmente já se posicionou mesmo que só emocionalmente em relação às ideias essenciais que te passaram (o que seja minha personalidade, a visão de mundo que expus, a tese sobre o status desta coluna). Suas conclusões atuais e as posteriores são movimentos que tiveram ensejo por conta daquele pulso. Mudar, encorpar, interromper são escolhas suas. E assim por diante, de você aos outros.