Tiger-Dying

Publiquei no Digestivo Cultural uma crítica sobre o filme As Aventuras de Pi. Eu escrevi:

A vida é imensa, deslumbrante e indiferente – e o homem é pequeno; eis o núcleo do filme de Ang Lee As Aventuras de Pi, adaptação do livro homônimo do escritor canadense Yann Martel, ganhador do Booker Prize de 2002. Essa ideia essencial transparece tanto no visual exuberante com que é retratada a natureza – em sua violência e sutileza – quanto no enredo, que conta a odisseia do rapaz indiano Pi, à deriva no meio do Pacífico, tendo como único companheiro um tigre branco. A história é narrada por Pi a Yann, com um adicional que estipula uma moldura religiosa a toda a narrativa: a sobrevivência ao longo de 227 dias, sob sol e solidão, contra a ameaça constante da fera, com um quase nada de recursos, é uma história que deve fazer com que Yann (e, por analogia, nós) acreditemos em deus.

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