“Minha fruta favorita é morango, mas eu estou comendo muita manga e eu AMO lichia”. Logo que o assunto muda, ela usa a mesma técnica de gradação para comentar a política do país: “Eu não gosto do Bolsonaro e não sou muito adepta do PT”. Essas posições, anuncia, exibem o seguinte: “Eu tenho um pensamento totalmente diferente sobre política”. E isso “porque eu estudei política. Um ano”. O gosto sofisticado dela quanto à dicotomia política de predileção dos brasileiros atualmente não é sua única análise social. Ela também acha que “as pessoas falam dos políticos, mas tem problemas que começam com as próprias pessoas. As pessoas não têm a cultura…”. Ela suspende a frase, pensando. O colega que está com ela tenta completar: “De empatia?”. “É…”, começa ela, “cultura empática…”, contudo não está segura, “empatia não é bem a palavra. O brasileiro não tem uma cultura… sabe?”.