Na rapsódia As Esferas do Dragão, sou, eu mesmo, protagonista de uma epopeia, na qual reúno as sete esferas mágicas de um desenho animado para ressuscitar meu avô, Antônio de Oliveira.
É uma história, portanto, que mistura autobiografia e fantasia, e que fica nesse entremeio do “tema sério” e do “gênero ingênuo”. É ensaio, é crônica, é fábula, é um meio de redescobrir pessoas.
A estrutura é decalcada do anime Dragon Ball, um pouco como Joyce fez com a Odisseia (mas eu tenho de comer muito feijão para chegar no mindinho do Joyce). Mas outras referências se espraiam pelo livro, em harmonia com personagens e cenas.
Meu avô faleceu em 2009. Eu não te conheço e não quero contar essa história a você; estou contando mesmo assim. O livro é um pouco esse paradoxo. Parte da morte e se desdobra na aventura das relações afetivas, no jogo de perdas e ganhos da memória.
Faça essa viagem e me conte seu encontro com o Dragão.